FUNDADORES: JOSÉ GOBAT, AGNELO ALVES E ALUÍZIO, EM 24 DE MARÇO DE 1950.
FONTE DE PESQUISA: SITE DA TRIBUNA DO NORTE E O ESPECIAL DE 60 ANOS DA TN, PUBLICADO EM MARÇO DE 2010
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STPM JOTA MARIA
terça-feira, 28 de abril de 2015
TRIBUNA DO NORTE - NATAL
Quando chegou às bancas, no dia 24 de março de 1950, numa edição de 12 páginas, a TRIBUNA DO NORTE disse claramente a que veio: ocupar o posto mais elevado do jornalismo impresso norte-rio-grandense, com base na qualidade e independência do tratamento dado à sua matéria-prima principal, a notícia, sem distinção de área de abrangência – cidades, política, economia, cultura... O jornal nascia com um potencial inesgotável, como ficaria provado ao longo das seis décadas seguintes: sempre mais robusto e determinado a ser o aliado preferencial do povo potiguar na construção de sua cidadania e de sua história.
Nesta trajetória não faltariam obstáculos. O primeiro deles precisou ser vencido ainda antes da estreia. A decisão inicial do deputado federal e jornalista Aluízio Alves era que a TRIBUNA DO NORTE começaria a circular no dia 19 de março de 1950, dia de São José, não por acaso o mais amado dos santos do calendário católico nordestino, haja vista que está em suas mãos a dádiva do inverno ou a aridez das secas da região. Mas as linotipos recondicionadas, adquiridas de uma editora do Rio de Janeiro, apresentaram problemas mecânicos difíceis de contornar para a equipe recém-constituída e, portanto, sem experiência para lidar com os segredos das compositoras.
Enquanto o conserto das máquinas era providenciado, Aluízio Alves e o grupo de colaboradores que o cercava refizeram o noticiário, atualizando a edição para quando fosse possível operar sem falhas, o que ocorreu cinco dias depois. A partir daquela sexta-feira, 24 de março, o futuro líder do jornalismo potiguar jamais deixou de circular e cumprir o compromisso assumido.
Desde os seus primeiros dias de circulação, a TRIBUNA DO NORTE pautou a sua filosofia de trabalho em decisões claras e transparentes. Foi assim, por exemplo, nas campanhas políticas, tanto a presidencial quanto a governamental de 1950 – contra Getúlio Vargas e Cristiano Machado, respectivamente. A derrota nas duas frentes foi um duro golpe, que se traduziu na contabilidade da empresa: caiu a circulação, os anunciantes se retraíram. Mas ânimo entre dirigentes e colaboradores jamais se abateu.
Os 20 anos de arbítrio, que se estenderam de 1964 a 1984, também não foram fáceis para as empresas jornalísticas e, especialmente, para uma empresa que contava entre os seus dirigentes com um político de expressão nacional, como Aluízio Alves, além de irmãos, filhos e netos, para quem a política seria um campo permanente de interesse. Censura, prisões, direitos políticos cassados, ameaças de toda ordem rondavam o jornal e seus dirigentes. De fato, correram boatos insistentes de que a ditadura fecharia a TRIBUNA DO NORTE e a rádio Cabugi, sob a alegação de que seus acionistas controladores eram cassados, numa alusão aos irmãos Aluízio e Agnelo.
Temendo que o seu jornal viesse a ter o mesmo destino de tantos outros periódicos da época, o deputado Aluízio Alves tomou uma decisão drástica: licenciou-se da Câmara Federal para gerir os negócios da empresa, na busca de solucionar seus graves problemas financeiros. Com a ajuda de amigos e a confiança do incipiente mercado publicitário, o jornal angariou o apoio de grandes empresas. Nomes de prestígio como Paula Irmãos, Sanbra S.A., Orlando Gadelha Simas e irmãos, R. Chaves e Cia., Carlos Lamas, Cia. de Força e Luz, Sesi, Formosa Síria e Casa Rubi se tornaram anunciantes regulares da TRIBUNA DO NORTE e a eles, pouco a pouco, centenas de outros se somariam com o passar dos anos, confirmando a posição do jornal como o melhor investimento publicitário da imprensa potiguar.
Contando sempre com uma equipe de Redação recrutada entre os mais promissores e inquietos jovens profissionais, além de colaborações de nomes consagrados do jornalismo nacional, a TRIBUNA DO NORTE deu um grande salto para a modernização do seu parque gráfico, na década de 1970. Ao terceto formado por Aluízio, Agnelo e Zé Gobat, somou-se o empresário da área de confecções Nevaldo Rocha, entusiasta, tanto quanto Aluízio Alves, das ideias inovadoras. Com a participação dele, o grupo pôde levantar o capital necessário ao sonhado projeto de modernização do parque gráfico da TRIBUNA DO NORTE, mediante a aquisição de um novo conjunto de fotomecânica, nova impressora e nova fotocompositora. Em 13 de outubro de 1979, pouco menos de 30 anos depois de sua fundação, a TRIBUNA DO NORTE ingressava no mundo do offset e no que havia de mais moderno na época em produção e impressão de jornais.
Dado esse passo, a TRIBUNA DO NORTE somaria à sua condição de líder de circulação à de líder de vendas, consolidando a posição de destaque há muito sonhada. Assim Aluizio Alves traduziu o marcado alcançado: “Em meio a tudo, Deus nos proporcionou a força maior: a de não deixar que os sonhos se perdessem nas decepções e nos malogros eventuais, dando-nos o ânimo necessário para apanhar, no chão, os pedaços que sobraram e, com eles, fazer um novo sonho”.
Para manter a TRIBUNA DO NORTE na vanguarda do jornalismo potiguar, novos investimentos foram constantes. A partir da segunda metade dos anos 1990, por exemplo, foram aplicados recursos na informatização da redação, promovendo um salto de qualidade e de eficácia nos procedimentos jornalísticos, que culminou com a decisão de produzir um novo projeto gráfico-editorial, executado no período de 1995 a 1996.
Atualizações periódicas dos conceitos introduzidos nessa ampla reforma foram implantadas desde então, dando ao jornal as feições que ele hoje exibe: um produto ágil, que preserva, na sua estrutura moderna, tanto a solidez empresarial e o compromisso com os anunciantes, quanto a confiabilidade, a sensibilidade e profundidade no tratamento das informações, características que marcam a trajetória do jornal nestas mais de seis décadas de sua existência
Nesta trajetória não faltariam obstáculos. O primeiro deles precisou ser vencido ainda antes da estreia. A decisão inicial do deputado federal e jornalista Aluízio Alves era que a TRIBUNA DO NORTE começaria a circular no dia 19 de março de 1950, dia de São José, não por acaso o mais amado dos santos do calendário católico nordestino, haja vista que está em suas mãos a dádiva do inverno ou a aridez das secas da região. Mas as linotipos recondicionadas, adquiridas de uma editora do Rio de Janeiro, apresentaram problemas mecânicos difíceis de contornar para a equipe recém-constituída e, portanto, sem experiência para lidar com os segredos das compositoras.
Enquanto o conserto das máquinas era providenciado, Aluízio Alves e o grupo de colaboradores que o cercava refizeram o noticiário, atualizando a edição para quando fosse possível operar sem falhas, o que ocorreu cinco dias depois. A partir daquela sexta-feira, 24 de março, o futuro líder do jornalismo potiguar jamais deixou de circular e cumprir o compromisso assumido.
Desde os seus primeiros dias de circulação, a TRIBUNA DO NORTE pautou a sua filosofia de trabalho em decisões claras e transparentes. Foi assim, por exemplo, nas campanhas políticas, tanto a presidencial quanto a governamental de 1950 – contra Getúlio Vargas e Cristiano Machado, respectivamente. A derrota nas duas frentes foi um duro golpe, que se traduziu na contabilidade da empresa: caiu a circulação, os anunciantes se retraíram. Mas ânimo entre dirigentes e colaboradores jamais se abateu.
Os 20 anos de arbítrio, que se estenderam de 1964 a 1984, também não foram fáceis para as empresas jornalísticas e, especialmente, para uma empresa que contava entre os seus dirigentes com um político de expressão nacional, como Aluízio Alves, além de irmãos, filhos e netos, para quem a política seria um campo permanente de interesse. Censura, prisões, direitos políticos cassados, ameaças de toda ordem rondavam o jornal e seus dirigentes. De fato, correram boatos insistentes de que a ditadura fecharia a TRIBUNA DO NORTE e a rádio Cabugi, sob a alegação de que seus acionistas controladores eram cassados, numa alusão aos irmãos Aluízio e Agnelo.
ArquivoAgnelo Alves, o repórter e articulista que criou a Carta ao Humano
Temendo que o seu jornal viesse a ter o mesmo destino de tantos outros periódicos da época, o deputado Aluízio Alves tomou uma decisão drástica: licenciou-se da Câmara Federal para gerir os negócios da empresa, na busca de solucionar seus graves problemas financeiros. Com a ajuda de amigos e a confiança do incipiente mercado publicitário, o jornal angariou o apoio de grandes empresas. Nomes de prestígio como Paula Irmãos, Sanbra S.A., Orlando Gadelha Simas e irmãos, R. Chaves e Cia., Carlos Lamas, Cia. de Força e Luz, Sesi, Formosa Síria e Casa Rubi se tornaram anunciantes regulares da TRIBUNA DO NORTE e a eles, pouco a pouco, centenas de outros se somariam com o passar dos anos, confirmando a posição do jornal como o melhor investimento publicitário da imprensa potiguar.
ArquivoVelhas linotipos em ação na gráfica, nos primeiros anos de atuação da TRIBUNA DO NORTE
Contando sempre com uma equipe de Redação recrutada entre os mais promissores e inquietos jovens profissionais, além de colaborações de nomes consagrados do jornalismo nacional, a TRIBUNA DO NORTE deu um grande salto para a modernização do seu parque gráfico, na década de 1970. Ao terceto formado por Aluízio, Agnelo e Zé Gobat, somou-se o empresário da área de confecções Nevaldo Rocha, entusiasta, tanto quanto Aluízio Alves, das ideias inovadoras. Com a participação dele, o grupo pôde levantar o capital necessário ao sonhado projeto de modernização do parque gráfico da TRIBUNA DO NORTE, mediante a aquisição de um novo conjunto de fotomecânica, nova impressora e nova fotocompositora. Em 13 de outubro de 1979, pouco menos de 30 anos depois de sua fundação, a TRIBUNA DO NORTE ingressava no mundo do offset e no que havia de mais moderno na época em produção e impressão de jornais.
Dado esse passo, a TRIBUNA DO NORTE somaria à sua condição de líder de circulação à de líder de vendas, consolidando a posição de destaque há muito sonhada. Assim Aluizio Alves traduziu o marcado alcançado: “Em meio a tudo, Deus nos proporcionou a força maior: a de não deixar que os sonhos se perdessem nas decepções e nos malogros eventuais, dando-nos o ânimo necessário para apanhar, no chão, os pedaços que sobraram e, com eles, fazer um novo sonho”.
Para manter a TRIBUNA DO NORTE na vanguarda do jornalismo potiguar, novos investimentos foram constantes. A partir da segunda metade dos anos 1990, por exemplo, foram aplicados recursos na informatização da redação, promovendo um salto de qualidade e de eficácia nos procedimentos jornalísticos, que culminou com a decisão de produzir um novo projeto gráfico-editorial, executado no período de 1995 a 1996.
Atualizações periódicas dos conceitos introduzidos nessa ampla reforma foram implantadas desde então, dando ao jornal as feições que ele hoje exibe: um produto ágil, que preserva, na sua estrutura moderna, tanto a solidez empresarial e o compromisso com os anunciantes, quanto a confiabilidade, a sensibilidade e profundidade no tratamento das informações, características que marcam a trajetória do jornal nestas mais de seis décadas de sua existência
FONTE - TRIBUNA DO NORTE
ALUIZIO ALVES
Aluízio Alves, natural de Angicos-RN, nascido em 11 de agosto de 1921, filho de Manuel Alves Filho e de Maria Fernandes Alves, com uma prole de 6 irmãos, sendo eles: Garibaldi Alves, ex-vice-governador e pai do ex-governador Garibaldi Alves Filho; Agnelo Alves ( 16/7/1932), ex-prefeito de Natal e atual prefeito de Parnamirim e pai do atual prefeito de Natal, Carlos Eduardo; o saudoso José Gobat Alves (9/9/1925 – 4/5/2004), Expedito Alves, prefeito de Angicos, eleito em 15 de novembro de 1982 e assassinado em 10 de novembro de 1983; Maria de Lourdes Alves e Madre Carmem Alves. Jornalista, advogado, escritor e político. Com 13 anos de idade escrevia sozinho o jornal datilografado denominado de CLARIM, que o fazia circular com a crônica dos fatos angicanos, fazendo antever o jornalista e tribuno político que se destacaria mais tarde à frente de grandes jornais, como a Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro, e a Tribuna do Norte, de Natal, fundado por ele, em 24 de março de 1950, e galgaria os mais altos postos da política, sendo o mais jovem constituinte nacional,com apenas 24 anos, eleito em 2 de dezembro de 1945, e assinou a Constituição em 18 de setembro de 1846, governador do Estado, eleito em 3 de outubro de 1960, juntamente com o seu companheiro de chapa, o Monsenhor Walfredo Gurgel (2/12/1908 – 4/11/1971), vencendo seus opositores, Djalma Marinho e Vingt Rosado, cuja campanha serviu para o ingresso de Chiquinho Germano na política, acontecendo a primeira e última derrota de Francisco Germano; ministro em duas vezes, de Administração, em 1985, na gestão de José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (Maranhense, 24/4/1930) e da Integração Regional, em 1994, no governo de Itamar Augusto Cautiero Franco (Mineiro, 28//6/1931) e seu último mandato foi em 1998 como deputado federal, eleito juntamente com seu filho Henrique.
Os companheiros de geração não entendiam porque Aluízio Alves não frequentavam, com ele, os bares, as festas, os bailes, a boemia, como era natural na sua adolescência, 17 anos, para viver trancado em repartições, arquivos, cartórios, de Natal e do interior, atrás de documentos seculares. De todos, que zombavam de sua obsessão, deu a resposta: no dia 11 de agosto de 1939, nos seus 18 anos de idade, presenteava a si mesmo e os seus conterrâneos, com a publicação de seu primeiro livro com o título “ANGICOS”, com 368 páginas sobre as origens, a vida administrativa e política, a economia, a vida cultural de sua terra natal.
Aluízio Alves começou a se interessar pela política no ano de 1931, com 10 anos de idade, quando, após a derrubada do prefeito de Angicos Miguel Rufino Pinheiro, que havia tomado posse em 20 de outubro de 1930, nomeado para substituir a pessoa de Francisco Gonzaga Galvão, primeiro prefeito constitucional de Angicos, eleito em 2 de setembro de 1928, seu pai Manoel Alves Filho, foi nomeado prefeito pelo interventor Aluízio de Andrade Moura (25/4/1905 – 13/11/1973), tomando posse em 20 abril de 1931 e governando até 16 de outubro de 1932, quando foi substituído por João Bezerra Cavalcante.
A resolução de 1964 cassou o seu mandato de governador e seus direitos políticos por 10 anos, impedindo de se apresentar em campanhas políticas, jronais, Rádio e Tv. Ele lançou seu filho Henrique Alves a deputado federal, com apenas 21 anos de idade, eleito em 15 de novembro de 1970, sendo o deputado mais votado do Brasil, e reeleitos em todos os pleitos eleitorais registrados até hohe: 15 de novembro de 1974, 15 de novembro de 1978, 15 de novembro de 1982, 15 de novembro de 1986,15 de novembro de 1990, 3 de outubro de 1994, 4 de outubro de 1998 e 3 de outubro de 2002, totalizando assim 8 mandatos. Além de Henrique, ele também elegeu sua filha Ana Catarina, eleita em 3 de outubro de 1994, juntamente com o irmão. Aluízio Alves mostrou sua capacidade e inteligência, vivendo no meio empresarial do Rio de Janeiro e São Paulo, chegou a vice-presidente do Grupo UEB, beneficiando o nosso Estado com diversos projetos de alto gabarito, trazendo emprego para os potiguares, mais notadamente para Natal. Em 1978, retornou a vida pública na chamada ‘paz pública’, num acordo com o governador Tarcísio Maia, apoiando o senador Jessé Pinto Freire (19/11/1918 – 13/10/1980). Eleito Jessé Freire, os acordos não aconteceram como Aluízio Alves esperava. Estacelado o acordo aonde o único beneficiado foi Jessé Freire, e o suplente José de Souza Martins Filho (9/3/1934), que assumiu a cadeira do Senado com o falecimento do titular. Aluízio começou a trabalhar seu nome para o governo do Estado. Ele foi candidato a governador, porém encontrou um adversário chamado José Agripino Maia, filho do ex-governador Tarcísio Maia, que o derrotou implacavelmente com uma maioria de 107 mil votos.
Aluízio casou-se em 30 de setembro de 1944, com Ivone Lira Alves, nascida em 1926 e falecida em 30 de agosto de 2003, filha de Luiz Lyra e de Lídia de Oliveira Lyra, pai de 4 filhos: Henrique Alves Lyra Alves, nascido em 9 de dezembro de 1948, Ana Catarina Lyra Alves, nascida em 9 de dezembro de 1918, Aluízio Alves Filho, o primogênito e Henrique José. Deixou sete netos, sendo eles: Aluízio Neto, filho de Aluízio Filho; Ana Carla, José Eduardo e Ana Carolina, filhas de Ana Catarina; Eduardo José e Pedro Henrique, filhos de Henrique. Deixou também dois bisnetos: Mateus e Rafael, filhos de Aluízio Neto.
Veja o que disse o senador José Agripino: “Aluízio Alves é o último que vai de uma safra de políticos dos quais fizeram parte Dinarte Mariz, Tarcísio Maia, Jessé Pinto Freire e Theodorico Bezerra. Era o último dessa geração e, talvez, tenha sido o que mais longe foi, ao exercer mandatos de deputado federal, de governador e, por duas vezes, ter sido ministro de estado. Outra condição singular foi que ele morreu líder. Nunca se afastou da política. Quando foi governador, esteve a frente de seu tempo e, como político transcedeu os limites do Rio Grande do Norte. Vai fazer falta à Unidade Popular”.
Aluízio Alves faleceu às 14h45 do 6 de maio de 2006, depois de 4 dias de internação na Casa de Saúde São Lucas, no bairro do Tirol, em Natal, deixando um legado de vida para as atuais e futuras gerações de ter sido sempre um homem além de seu tempo. A barragem de Santa Cruz, no município de Apodi e o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante têm a denominação de Aluízio Alves.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
TICIANO DUARTE
Escritor,
líder maçônico, imortal da Academia Norte-Riograndense de Letras,Cadeira nº35,
que tem como patrono: JUVENAL LAMARTINE e primeiro ocupante: EDINOR AVELINO. torcedor do América (foi diretor e conselheiro
do clube) e do Fluminense, excepcional causeur, dono de memória privilegiada
para contar e reviver histórias fantásticas desta aldeia de Poti mais
esquecida, mormente quando o tema é política, um de seus doutorados. Boêmio,
ave noturna a sobrevoar as noites da cidade, dando vazão à sensibilidade
artística de quem já foi ator, conviveu e convive com os poetas, escritores,
pintores, ao lado de todos os movimentos culturais da terrinha. Poucos na
província têm a elegância e o carisma de recitador da obra dos grandes poetas.
Que pode acontecer, de repente, numa mesa de bar. De Manuel Bandeira, recitaria
à maneira de um Paulo Autran, por exemplo:
Nascido
em 21 de abril de 1931,Ainda adolescente, Ticiano descobriu as redações dos
jornais. Primeiramente em A República, governo de José Varela, final dos anos
40 começo dos 50. Por aí já fazia política estudantil, eleições do Centro
Estudantil Potiguar, ele eleito deputado dos ginasianos. Tempos de Valtércio
Bandeira de Melo, Joanilo de Paula Rego, Aderbal Morelli, José Fagundes de
Menezes, Nabor de Azevedo Maia, Luís Bezerra, William Colbert. O Grande Ponto
em alvoroço.
Da
República, Ticiano passou para o Diário de Natal, tempos de Edilson Varela e
Veríssimo de Melo, Lenine Pinto, Luís Maranhão, Antônio Pinto de Medeiros.
Viagens a Maceió para cursar Direito. Rua do Sol na companhia do poeta Gilberto
Avelino. Repórter, cobria Assembleia Legislativa, Palácio Potengi,
convivendo com os políticos. Mais tarde seria chefe de gabinete do prefeito
Djalma Maranhão e secretário (Interior e Justiça) do Governo Aluízio Alves.
Mais recentemente, delegado do Ministério do Trabalho. Depois, auditor do
Tribunal de Contas. Várias cátedras. Dos expedientes palacianos uma esticada
aos bares, às peixadas das Rocas, às noitadas que alcançavam as madrugadas,
Natal Clube, Maria Boa. O encantador ofício da boemia com os amigos, as amigas,
os artistas, pintores e poetas. Ticiano participou de todos esses movimentos
culturais havidos na província, a partir da década de 40.
Fez
teatro amador integrando o grupo “Os Farsantes”, liderado por Newton Navarro.
Mais adiante aparece no elenco de um novo grupo, Teatro Experimental de
Artes, também com Navarro, mais Moacir de Goes, Geraldo Carvalho, Humberto
Magalhães e Marcelo Fernandes. Montam a peça “Cantam as Harpas de Sião”,
de Ariano Suassuna. O jornalismo e a política roubam-lhe a cena teatral. A
ribalta agora é outra
Final
dos anos 60, na ditadura militar que cassou Aluizio Alves, Ticiano assumiu a
editoria da Tribuna do Norte. Foi chamado muitas vezes ao Quartel General
(comando do Exército). Terminou sendo enquadrado na Lei de Segurança Nacional.
Julgado em Recife, foi absolvido. Comemorou-se em todos os bares. A boemia, o
bom uísque, a liberdade de expressão, o bom papo jamais serão cassados.
Pai
de dois filhos, seis netos e sete bisnetos, Ticiano, ao lado de Iaponira, chega
aos 80 anos com o mesmo espírito e charme da juventude, acrescidos de uma
elegante bengala e suspensórios nem tanto. Fraterno e amigo, cultor da
solidariedade, fiel às amizades e ao uísque, à boa convivência com
os bons companheiros ao quais faz sempre, todos os dias, a mesma pergunta:
“Alguma novidade?”
De
Ticiano, usando um bordão bem seu, eu diria: é uma Grande Figura! E ele
responderia, certamente, com os versos de Drummond, voz pausada: Tenho apenas
duas mãos / e o sentimento do mundo.
FONTE - TRIBUNA DO NORTE
JOTA EPIFÂNIO - "O VELHO ESCRIBA",
natural de Nova Cruz-RN, nascido em 23 de setembro de 01947. Jornalista e colunista
social do Jornal Tribuna do Norte. Faleceu em Natal no dia 31 de dezembro de
1999
O gosto pelas festas, o prazer em fazer amizade, a arte de relacionar e habilidade para manter
uma conversa alegre, foram essas as qualidades e os gestos que fizeram com
José Epifânio da Silva acabasse por se decidir a tentar a carreira de jornalista,
especializando-se por conta própria no colunismo social. E o fez conta
zelo e entusiasmo que durante décadas, tornou sinônimo de informação sobre a
sociedade natalense,
criando estilo e editando modas como “rei absoluto” da crônica do jet set
potiguar.
Começou a vida como balconista da agência local das lojas Paulistas (mais
tarde, as Casas Pernambucanas) afável e conservador, aos 13 anos mudou-se para
Natal, onde deveria estudar para “ser realizado, mas não necessariamente pela
via de um diploma ou da vida acadêmica.
Entre um emprego e outro, que garantisse a sobrevivência diária, Epifânio
acabou contratado como taifeiro pela Aeronáutica, servindo na
Base Aérea de
Natal a partir de 1945, o último ano da II Guerra Mundial, onde fez amizade com
praças e oficiais brasileiros e norte-americanos. O dom para fazer bons
relacionamentos dentro e fora do quartel, logo chamou a atenção dos
superiores”, Epifânio viu promovido a relações públicas da Base Aérea, função que
o pós em
contato com jornalistas e lhe abriu as portas das redações locais.
As primeiras notas foram escritas para o jornal do Comércio, veiculo impresso
do então “majô” THEODORICO BEZERRA. DE LÁ, Epifânio mudou-se para as páginas do
Correio do Povo, do governador Dinarte Mariz, e em 1966 chegou à TN. Em
meio a uma relação que primava pelo vanguardismo e intelectualidade, construiu
uma maca própria – a troca do jornal de Dinarte pelo jornal de Aluízio já foi
considerada uma “excentricidade”, a coluna de Jota Epifânio, que circulou por
44 anos ininterruptos.
Irreverente e sarcástico, quando queria, ou elogioso e doce, quando necessário,
Epifânio estava em tudo que é festa, sem deixar a política partidária intervir.
Lembra Cassiano Arruda. Contemporâneo dos primeiros anos de Epifânio na TN. A
coluna de JOTA Epifânio considerada, então, um dos quatro pilares que atraiam
leitores e fortaleciam às edições do jornal (os outros eram o informe do
Redator, o jornal de WODEN MADRUGA e coluna de JOÃO MACHADO).
O sucesso de Jota Epifânio colaborava na resistência da TRIBUNA DO NORTE às pressões do
governo militar para silenciar e tirar o jornal de circulação. Em
1969, com ALUÍZIO ALVES já cassado, o coronel PAULO SALEMA GARÇÃO RIBEIRO
intimou Epifânio a deixar o jornal dos Alves ou sofrer as consequências. Bem
relacionado com o comando local da Marinha, Epifânio resistiu. Ficou no jornal
e virou relações públicas
do Cassino de Oficiais da Base Aérea.
Autodidata
do jornalismo social, Epifânio era admirador confesso de IBRAHIM SUED. Cunhou,
sobre si mesmo, uma frase impagável: “SER CRONISTA SOCIAL É FÁCIL. DIFÍCIL E
SER JOTA EPIFÂNIO”.
FONTE
- ESPECIAL DOS 60 ANOS DA TRIBUNA DO NORTE, MARÇO DE 2010
WODEN MADRUGA
O veterano
dos jornalistas da Tribuna do Norte, ainda em atividade Woden Madruga, natalense,
nascido em 1939, filho de HELENA MEIRELES MADRUGA (falecida em 27 de abril de
2015, aos 99 anos de idade, guardas boas e nitidas lembranças dos seus primeiros anos na
imprensa construída por ALUÍZIO ALVES. No primeiro momento duas chamararam a
atenção da Princesa Isabel, 599, na Cidade Alta, que nunca chegou a ser
concretizada.
Em fevereiro de 1956, quando ingressou na
TN foi a convite do próprio José Gobat Alves. Aos 17 anos de idade Woden já tinha
a experiência de um repórter tarimbado na apuração de noticias. Havia
trabalhado no Diário de Natal ao lado de Luiz Mareia Alves e Xavier Pinheiro.
Com Alves – mais tarde, superintendente do veículo dos Associados em Natal – fz a
cobertura jornalistica do assassinado do ex-prefeito de Patu, Luro maia, CRIME
famoso na crônica policial natalense dos anos 50. Vim para ser repórter. Mas,
dois meses depois, dividia a reportagem com uma coluna diária, A “REVISTA DA
CIDADE”, que era publicada na segunda página. Notas sociais, uma pitada sobre
acontecimentos culturais, o ameno cotidiano natalense, lembra Woden
Mas essa primeira experiência na TN foi de
pouca duração. No ano seguinte Woden voltou ao Diário, passando também pelo
Jornal de Natal, veículo de propriedade de Djalma Maranhão. O retorno
definitico à TN se deu em 1964, destea vez para integrar a esquipe que estava
sendo montada pelo editor WALTER GOMES. Woden já estava formado em Direito e o
foco do seu interesse jornalistico, mas apurado, incluia uma grande variedade
de assuntos da política aos costumes locais, da cultura aos problemas urbanos
da cidade
sábado, 25 de abril de 2015
EVERALDO LOPES
É formado em administração e foi servidor
público do INSS, além de secretário do ABC futebol clube. Apaixonado pelo
jornalismo, iniciou sua carreira como entrevistador na antiga Rádio Poti, mas
nunca deixou de lado sua paixão, o esporte: “Às vezes fazia instantâneos
esportivos, nada de improviso. Minha paixão por esporte veio primeiro que por
jornal.” Foi colunista do Diário de Natal com a coluna “CARTÃO AMARELO”, que era composta
apenas por charges, assinou por vários
anos a coluna “APITO FINAL” no jornal Tribuna do
Norte, ambas sobre esporte, mas claro, enfatizando o futebol.
Um dos seus maiores feitos foi a
criação do campeonato conhecido como “Matutão”, no início do ano 1972,
patrocinado pelo Diário de Natal. O campeonato revolucionou o interior do Rio
Grande do Norte, chegando a contar com cerca de 80 clubes suburbanos, e lançou
ainda grandes nomes como, por exemplo, o jogador Souza. Após vinte anos o
campeonato chegou ao fim por não apresentar mais características amadoras.
“Havia muito interesse político no campeonato e os jogadores começaram a exigir
pagamento, ai já não era mais amador”, disse Everaldo.
Como escritor já tem dois títulos
publicados, ambos sobre futebol. O livro “Da bola de pito ao apito final” que
parece mais uma biografia do futebol potiguar, e “Cartão Amarelo” que é a
junção de todas as charges publicadas na sua época de Diário no decorrer de
trinta anos.
FONTE - INTERNET
OS PROFISSIONAIS
MARCAS NA HISTÓRIA DO JORNALISMO LOCAL
UM CAPITAL A SER PRESERVADO
Conceito
desenvolvido pelos executivos do mundo corporativo contemporâneo, o capital
humano resume o que uma empresa tem de
mais valioso: Na TRIBUNA DO NORTE o zelo com o seu pessoal é uma prática
rotineira, nascida há 65 anos quando o então jovem deputado e empresário
ALUÍZIO ALVES foi a luta para recrutar mão de obra para o jornal que planejava.
Já no seu início,a TN conseguiu atrair e
conquistar os maiores nomes da intelectualidade potiguar, se diferenciando pelo
conteúdo editorial
sexta-feira, 24 de abril de 2015
UMA REDAÇÃO DE VANGUARDA
UBIRAJARA MACEDO,ANAMARIA CONCENTINO, NEWTON NAVARRO, ZILA MAMEDE, DALLOR VARELA E ANDERSON NEGREIROS
JOSÉ SANDERSON FERNANDES DE NEGREIROS
José Sanderson Deodato Fernandes de Negreiros, natural de Ceará-Mirím/RN, nascido em 03/07/1939. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da UFRN (15/08/1949). Jornalista, auditor do Tribunal de Contas do RN, adjunto de Promotor, professor de “Cultura Brasileira”. Foi Secretário de Estado para Assuntos Extraordinários, no Governo de Tarcísio de Vasconcelos Maia (26/08/1916-10/04/1998). Exerceu, por quase três anos, a Presidência da “Fundação José Augusto” (fundada em 08/04/1963). É casado com a Drª. Ângela Negreiros, Juíza de Direito, com um filho de nome: Rodrigo Negreiros.
De uma inteligência rara, Sanderson é um intelectual, poeta e escritor de grande conceito. Com 15 anos de idade escreveu um livro de poesia “O Ritmo da Busca”, editado em 1956, na cidade de Natal. Possui uma biblioteca com mais de 15 mil volumes.
DALLOR VARELA
Escreveu
seus primeiros versos aos 16 anos, influenciado pelo romantismo de Castro Alves
e João Cabral de Melo Neto, e aos 22 participou ativamente do movimento que
desconstruiu a palavra no verso juntamente com Moacy Cirne, Falves Silva,
Anchieta Fernandes e Nei Leandro de Castro. Jornalista e cronista, começou a
publicar seus pensamentos aqui mesmo nesta TRIBUNA DO NORTE ainda na década de
sessenta, onde ajudou a criar um suplemento literário que estamparia poemas
concretos e experiências visuais.
Autor de
14 livros, Dailor mudou-se para São Paulo nos anos setenta, onde trabalhou na
revista Veja e no jornal Folha de São Paulo, e na década de 1990 escolheu a
interiorana Monteiro Lobato como sua moradia. Seu trabalho está entre os “Cem
maiores poetas brasileiros do século”, antologia organizada em 2001 pelo
escritor e jornalista José Nêumanne Pinto, ao lado de nomes como Carlos
Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, Cecília Meirelles, Manuel Bandeira,
Mário Quintana e Augusto dos Anjos.
“Foi uma das figuras da vanguarda natalense. Além de bom poeta era um grande cronista”, lembrou o jornalista Woden Madruga. “Era certamente um dos poetas mais talentosos de sua geração”, complementa Tarcísio Gurgel. Como toda unanimidade é burra, Jarbas Martins arremata: “Faltava fluência em seu lirismo, mas seus insights eram fenomenais. Eu implicava com isso, tínhamos diferenças ideológicas, peguei no pé dele... coisas da juventude. Depois de maduros é que reforçamos a amizade, ele não guardava rancor de ninguém, era muito querido.”
“Foi uma das figuras da vanguarda natalense. Além de bom poeta era um grande cronista”, lembrou o jornalista Woden Madruga. “Era certamente um dos poetas mais talentosos de sua geração”, complementa Tarcísio Gurgel. Como toda unanimidade é burra, Jarbas Martins arremata: “Faltava fluência em seu lirismo, mas seus insights eram fenomenais. Eu implicava com isso, tínhamos diferenças ideológicas, peguei no pé dele... coisas da juventude. Depois de maduros é que reforçamos a amizade, ele não guardava rancor de ninguém, era muito querido.”
Faleceu
em Natal-RN, em 15 abril de 2012, aos 67 anos de idade
fonte - internet
SILA MAMEDE
Natural de Palmeira, na Paraíba,
nascida em 15 de setembro de 1928 , mas está mais ligada às letras e à cultura
do Rio Grande do Norte, onde viveu a maior parte de sua vida e onde o mar a
levou para sempre. O poema Elegia, incluído na presente
seleção, é como um prenúncio de seu destino. Formada em biblioteconomia,
tendo exercido cargos de importância no Instituto Nacional do Livro (em
Brasília) e como diretora da Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
SEUS
PRINCIPAIS LIVROS
Rosa de Pedra (1953), Salinas (1958), O
Arado (1959), Exercício da Palavra (1975), A
Herança (1984) e Navegos (Poesia reunida
1953-1978). Poeta sutil, elegante, de um lirismo contido e
introvertido, de solidão e paixão mas também, não raras vezes, com um fundo
social relativo às temáticas do sertão nordestino. Drummond tinha-a entre suas
predileções.
Faleceu em Natal, no dia 13 de
dezembro de 1985
NEWTON NAVARRO BILRO
NATURAL DE NATAL, NASCIDO EM 8 DE OUTUBRO DE 1928 E FALECEU EM SUA ATERRA NATAL, EM 18 DE MARÇO DE 1991. ARTISTA PLÁSTICO, POETA, CONTISTA, CRONISTA, NOME DE RUA E PONTE EM NATAL E PATRONO DA ESCOLINHA DE ARTES DA FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
JOSÉ UBIRAJARA MACEDO
NATURAL DE MACAÍBA-RN, NASCIDO EM 03 DE MARÇO DE 1920, FILHO DE ANTONIO CORSINO DE MACEDO E DE ALICE CORSINO DE MACEDO
FOTO - ESPECIAL 60 ANOS DA TRIBUNA DO NORTE
FOTO - ESPECIAL 60 ANOS DA TRIBUNA DO NORTE
RODRIGO SERRA BRUM MACHADO
Rodrigo
Serra Brum Machado, 37 anos, é de Maricá (Rio de Janeiro), e começou
trabalhando com ilustrações aos 17 anos. Segundo ele, “encomendas” para fazer
charges sempre apareciam “ entre um trabalho ou outro, mas nada sério”. Em
2000, ele formou-se em Publicidade e Marketing, pela ESPM-Rio. Em 2012,
veio para a Tribuna do Norte.
ANTÔNIO AMÂNCIO DE OLIVEIRA FILHO
Antônio Amâncio veio para a Tribuna do Norte em 2009. Natural de Macau, antes
da estreia na imprensa natalense, já tinha conseguido publicar charges na
revista Veja, Caros Amigos, Revista da Semana e em O Pasquim 21, além de
militar na imprensa sindical. Teve trabalhos premiados em vários salões
nacionais de humor, como o Paraguaçu Paulista de 2005 e o de Ribeirão Preto em
2009. Também rcebeu menções honrosas e foi publicado em coletâneas
internacionais de cartunistas na Turquia, Portugal, Itália e Grécia. Amâncio
deixou a TN em 2012. No ano seguinte, faleceu vítima de uma acidente
automobilístico
CLÁUDIO OLIVEIRA
Atuando
na Folha de São Paulo, Cláudio é potiguar nascido nas Rocas, graduado em
Comunicação Social pela UFRN e especializado em Artes Gráficas pela Escola
Superior de Artes Industriais de Praga, na República Tcheca. Conhecido
nacionalmente por suas charges, Oliveira começou a publicar seus desenhos no
jornal TRIBUNA DO NORTE em 1976. No ano seguinte passou a colaborar com o
Pasquim e em 1982 com a Voz da Unidade. Transferiu-se para São Paulo em 1993,
quando se tornou chargista da Folha da Tarde e em 1999 do Agora São Paulo, do
Grupo Folha. De 2001 a 2002, manteve a coluna Ribalta na Folha de S. Paulo.
É autor dos livros O que vier eu traço (1988); Já era Collor, em co-autoria (1992); Pittadas de Maluf, premiado com o troféu HQ Mix como melhor livro de charges de 1998; Lula Ano Um (2004) e Pizzaria Brasil (2007). Ganhador do Prêmio Vladimir Herzog, de 1996, na categoria Artes e da medalha Angelo Agostini de 2001 como melhor cartunista de São Paulo.
É autor dos livros O que vier eu traço (1988); Já era Collor, em co-autoria (1992); Pittadas de Maluf, premiado com o troféu HQ Mix como melhor livro de charges de 1998; Lula Ano Um (2004) e Pizzaria Brasil (2007). Ganhador do Prêmio Vladimir Herzog, de 1996, na categoria Artes e da medalha Angelo Agostini de 2001 como melhor cartunista de São Paulo.
EDMAR ANTÔNIO DA CÂMARA RIBEIRO VIANA, 2º CHARGISTA DA TN
EDMAR VIANA, natural de Natal-RN, nascido no dia 25 de junho de 1955, quarto
filho de sete, todos homens, do cearense Edgard Viana, e da potiguar Maria Viana. Trabalhando como
agente do IBGE, Edgard levou a família a se mudar diversas vezes e Edmar viveu
boa parte da infância e juventude no município de Nova Cruz. “Em 1971 foi que a
família completa ficou morando em Natal”, recorda o irmão Carlos Arthur Viana,
um ano mais novo que Edmar.
Em 2003,
lançou o livro “Cartão Amarelo - 30 anos”, junto com Everaldo Lopes. Cinco anos
antes havia lançado “Pivete”, uma coletânea do seu personagem mais famoso, um
menor abandonado, integrando a coleção “Das tiras coração”.
Em 10 de
abril de 1988, Edmar Viana estreou nas páginas da TRIBUNA DO
NORTE, ao lado do jornalista Everaldo Lopes, no já consagrado “Cartão Amarelo”.
Apesar de vir sempre na página de esportes do jornal, a coluna tratava de
assuntos como política, economia, saúde, segurança, focalizando o lado
engraçado dos fatos do cotidiano. Os dois, porém, iniciaram a parceria bem
antes, quando Edmar começou a trabalhar no Diário de Natal, no ano de 1973.
Faleceu
em Natal-RN, em 24 de julho de 2008
HENRIQUE DE SOUZA FILHO
O desenhista,
jornalista e escritor Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil,
nasceu em 05 de fevereiro de 1944, em Ribeirão das Neves (MG) e faleceu no Rio de Janeiro, em 4 de janeiro
de 1988, e cresceu na periferia de Belo Horizonte, onde fez os primeiros
estudos, frequentou um curso supletivo noturno e um curso superior em
sociologia, que abandonou após alguns meses.
Foi embalador de queijos, contínuo em uma agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 1960, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos. Em 1964, começou a trabalhar na revista Alterosa, de Belo Horizonte, a convite do editor e escritor Robert Dummond. Ali nasceu originalmente a HQ Os Fradinhos. Em 1965, passou a produzir caricaturas políticas para o jornal Diário de Minas, e em 1967, criou charges esportivas para o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro. Colaborou, ainda, para as revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro. A partir de 1969, passou a colaborar para os jornais O Pasquim e Jornal do Brasil, o que tornou seus personagens deste período bastante populares em todo o país.
Em 1970, lançou a revista Os Fradinhos. Nesse momento, a produção de histórias em quadrinhos e cartuns de Henfil já apresentava características específicas: um desenho humorístico político, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros. Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde e escreveu o livro Diário de um Cucaracha.
Além das histórias em quadrinhos e cartuns, Henfil realizou, em co-autoria com Oswaldo Mendes, a peça de teatro A Revista do Henfil. Além disso, escreveu, dirigiu e atuou no filme Tanga - Deu no New York Times e teve, ainda, uma incursão na televisão com o quadro TV Homem, do programa TV Mulher (Rede Globo). Como escritor, publicou sete livros: Hiroshima, meu humor (1976), Diário de um Cucaracha (1976), Dez em humor (coletânea, 1984), Diretas já (1984), Henfil na China (1980), Fradim de Libertação (1984) e Como se faz humor político (1984).
O cartunista destacou-se também por seu posicionamento político, sobretudo devido ao seu engajamento na resistência à ditadura militar no Brasil, lutando pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já.
Henfil morreu, em 1988, aos 43 anos, no Rio de Janeiro. Hemofílico (como seus dois irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Francisco Mário), Henfil contraiu Aids em uma transfusão de sangue, ocorrência comum na época, já que havia ainda pouco conhecimento sobre a doença e a necessidade de cuidados específicos para preveni-la.
Ao criar personagens típicos brasileiros, como os Fradinhos, o Capitão Zeferino, a Graúna e o Bode Orelana, entre outros, Henfil foi responsável pela renovação do desenho humorístico nacional, assumindo o projeto de "descolonização" em um momento em que as HQs nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos norte-americanos pelo mundo inteiro.
Foi embalador de queijos, contínuo em uma agência de publicidade e jornalista, até especializar-se, no início da década de 1960, em ilustração e produção de histórias em quadrinhos. Em 1964, começou a trabalhar na revista Alterosa, de Belo Horizonte, a convite do editor e escritor Robert Dummond. Ali nasceu originalmente a HQ Os Fradinhos. Em 1965, passou a produzir caricaturas políticas para o jornal Diário de Minas, e em 1967, criou charges esportivas para o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro. Colaborou, ainda, para as revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro. A partir de 1969, passou a colaborar para os jornais O Pasquim e Jornal do Brasil, o que tornou seus personagens deste período bastante populares em todo o país.
Em 1970, lançou a revista Os Fradinhos. Nesse momento, a produção de histórias em quadrinhos e cartuns de Henfil já apresentava características específicas: um desenho humorístico político, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros. Após uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou dois anos em tratamento de saúde e escreveu o livro Diário de um Cucaracha.
Além das histórias em quadrinhos e cartuns, Henfil realizou, em co-autoria com Oswaldo Mendes, a peça de teatro A Revista do Henfil. Além disso, escreveu, dirigiu e atuou no filme Tanga - Deu no New York Times e teve, ainda, uma incursão na televisão com o quadro TV Homem, do programa TV Mulher (Rede Globo). Como escritor, publicou sete livros: Hiroshima, meu humor (1976), Diário de um Cucaracha (1976), Dez em humor (coletânea, 1984), Diretas já (1984), Henfil na China (1980), Fradim de Libertação (1984) e Como se faz humor político (1984).
O cartunista destacou-se também por seu posicionamento político, sobretudo devido ao seu engajamento na resistência à ditadura militar no Brasil, lutando pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já.
Henfil morreu, em 1988, aos 43 anos, no Rio de Janeiro. Hemofílico (como seus dois irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Francisco Mário), Henfil contraiu Aids em uma transfusão de sangue, ocorrência comum na época, já que havia ainda pouco conhecimento sobre a doença e a necessidade de cuidados específicos para preveni-la.
Ao criar personagens típicos brasileiros, como os Fradinhos, o Capitão Zeferino, a Graúna e o Bode Orelana, entre outros, Henfil foi responsável pela renovação do desenho humorístico nacional, assumindo o projeto de "descolonização" em um momento em que as HQs nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos norte-americanos pelo mundo inteiro.
FONTE -
INTENERT
HENRIQUE DE SOUZA FILHO (HENRIL), 1º CHARGISTA DA TRIBUNA DO NORTE
Os traços dos chargistas, com a irreverência e a crítica política
e de costumes que lhe são próprias, já apareciam nas primeiras edições da
TRIBUNA DO NORTE, mas de forma esporádica e apenas como colaborações. Ás vezes,
as charges apenas complementavam uma e outra reportagem ou, ainda, reforçavam
determinados aspectos da crítica esboçada por articulistas. Somente na década
de 1970 é que o Humor ganha espaço próprio e periodicidade diária no jornal. E
faz isso pelas mãos de um dos mestres da charge nacional: HENRIQUE DE SOUZA
FILHO (1944-1988), o HENRIL. Além dos próprios trabalhos, o artista carioca
ajuda a revelar a incentiva o desenvolvimento de talentos locais, também
escolhidos nas páginas da TN
FONTE – 60 ANOS TRIBUNA DO NORTE
VALDEMAR ARAÚJO, PRIMEIRO EDITOR GERAL
VALDEMAR ARAÚJO – O SECRETÁRIO
O cargo de Secretário de Redação nos anos 50, era equivalente
ao de Editor-geral. Na Tribuna do Norte,
o primeiro a ocupar a função foi o jornalista VALDEMAR ARAÚJO (1910 – 2003)
FONTE – 60 ANOS TRIBUNA DO NORTE
TRIBUNA DO NORTE - NATAL
O JORNAL TRIBUNA DO NORTE, EDITADO EM NATAL, FOI FUNDADO EM 24 DE MARÇO DE 1950, PELOS IRMÃOS: ALUÍZIO ALVES (IDEALIZADOR), JOSÉ GOBAT ALVES (09/09/1935 - 04/05/2004) E AGNELO ALVES
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Quem sou eu
- JOTA MARIA
- É PRECISO SABER USAR DA LIBERDADE. COM ELA CENSURAMOS OU APLAUDIMOS O QUE DEVE SER CENSURADO E O QUE DEVE SER APLAUDIDO. MAS NÃO PODEMOS ABUSAR DESSE PRIVILÉGIO PARA ASSUMIR ATITUDE QUE NÃO CONDIZEM COM A CIVILIDADE OU COM A DECÊNCIA. VERIFICAMOS QUE A IMENSA MAIORIA DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO PERTENCEM A GRUPOS POLÍTICOS, DAÍ AS "INFORMAÇÕES" NA MAIORIA, NÃO POLÍTICAS E SIM, POLITIQUEIRAS, OU SEJA, UM GRUPO QUERENDO DERROTAR O OUTRO. É UMA VERGONHA! QUEM ESTÁ NA SITUAÇÃO, O POLÍTICO PODE SER O PIOR DO MUNDO, MAS PARA EMPREGADO ELE É O DEUS DA TERRA; NO LADO DA OPOSIÇÃO, O RADIALISTA OU JORNALISTA PASSA PARA A POPULAÇÃO QUE O GOVERNO NÃO FAZ NADA, PORÉM, NO INSTANTE QUE O PODER EXECUTIVO PASSA A INVESTIR NO TAL MEIO DE COMUNICAÇÃO, ATRAVÉS DE PROPOGANDA OU DAR UM CARGO COMISSIONADO AO DONO, AÍ, LOGO JORNAL, A EMISSORA E A TELEVISÃO MUDA O DISCURSO. DAÍ, COMO FICA O COMUNICADOR QUE ANTES FALAVA MAL DE TAL POLÍTICO, TER QUE PASSAR A ELOGIÁ-LO!!!
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